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TRANSTORNOS MENTAIS

Jornal DR1 - SAÚDE

TRANSTORNOS MENTAIS

Por Alisce Trapaga

Os transtornos mentais são adoecimentos severos, mesmo que ainda de pouco conhecimento social, e estão sendo cada vez mais relevantes na vida do ser humano. Entretanto, a saúde, no Brasil, ou em países desenvolvidos, ainda não oferece a atenção necessária às doenças mentais. Esse tema ganha pouco espaço para reflexão e a mídia não favorece, já que as pautas de saúde são destinadas a outros adoecimentos. Consequentemente, há pouca informação acessível a respeito do assunto.
Muitas vezes os cidadãos não tem consciência de que possuem alguma alteração psíquica que deva ser tratada. E pela falta de informação, não buscam ajuda. Dessa forma podem vir a cometer ações prejudiciais, dependendo do nível de adoecimento.
A Terapeuta de Família e Casal Rosane Nunes, especializada na abordagem Cognitiva Comportamental, afirma que esses fatores influenciam diretamente na vida social de quem possuí um distúrbio psíquico. “O Bullying e o preconceito tentam ser abatidos a cada dia com mais força. Uma maior atenção foi destinada à esse problema, mas sem o acesso da informação sobre os sofrimentos emocionais, ainda encontramos muitas dificuldades no caminho. As pessoas, no geral, não sabem exatamente do que estamos falando.”
Transtornos emocionais, diferentemente de outros adoecimentos, não recebem socialmente a mesma avaliação de importância dada ao portador de outras doenças, como câncer, asma, etc. A depressão, por exemplo, muitas vezes é banalizada. A ansiedade também, normalizada como algo da vida, sem levar em conta, por pura falta de informação, que pode tornar-se algo incapacitante na vida de uma pessoa. É possível chegar ao ponto dela não conseguir sair de casa e nem realizar ações básicas do dia-a- dia, quando estiver sobre a síndrome do pânico.
A efetiva inclusão social deve ser olhada com mais atenção, seja na rede pública de tratamento, nas escolas, na previdência pública, no trabalho e na comunidade. Rosane Nunes fala sobre o impacto social de pacientes que passaram por internações
 que geraram vergonha, tanto do diagnóstico, quanto do tratamento. “Muitos escondem que tomam medicação, se isolam e evitam falar de si, privilegiando redes sociais, a atividades presenciais. A família também apresenta dificuldades em aceitar o transtorno mental, em especial a resistência em lidar com a importância do problema, muitas vezes banalizando, acreditando que vai passar. Tal postura só agrava o transtorno e as relações sociais do indivíduo”, explica. 
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